Resgate

Samba de Partido Alto

Tempos atrás, modalidade de samba instrumental (e ocasionalmente vocal) constante de uma parte solada, chamada chula, e de um refrão. Modernamente, espécie de samba cantado em forma de desafio por dois ou mais solistas e que se compões de uma parte coral (refrão ou primeira) e uma parte solada com versos improvisados ou do repertório tradicional, os quais podem ou não se referir ao assunto do refrão. Grandes cultores do partido-alto foram Clementina de Jesus, Aniceto do Império, Geraldo Babão, Candeia, Padeirinho, e são, ainda hoje, Xangô da Mangueira, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho, Cláudio Camunguelo e Dudu Nobre, entre outros. Nesse contexto, Martinho da Vila se afigura como o criador de um samba partido-alto (mas não improvisado), que seria avassaladoramente consumido por alguns anos mais a partir de 1967. E nos anos 1980, o chamado pagode trouxe de volta à cena essa modalidade tão difícil quanto apreciada pelos cultores do Samba.

Fonte: Lopes, Nei. Sambeabá – O samba não se aprende na escola. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.